E estou aqui para mais um aspecto que nos torna humanos e que nos apresenta um grande incômodo: o vazio interior.
Um dos meus livros de cabeceira e que mais marcou minha vida – até hoje – é o Homem à Procura de Si Mesmo de Rollo May. Não apenas por se tratar de um livro de autoconhecimento, mas porque retrata os grandes dilemas da humanidade.
Durante toda a vida, fugimos do vazio interno e da solidão que nos pertencem. A ansiedade, que nada mais é do que o medo transformado, gera ansiedade e nos afasta de nós mesmos a cada instante.
Estocamos tantas tralhas neste vazio, coisas que nem nos servem, apenas para não senti-lo. Vivemos de máscaras, de falsas possibilidades e de preenchimento sem nutrição com o discurso de que estamos produzindo e buscando algo que nem sabemos mais o que é.
Nosso discurso é montado, criado e então reproduzido em massa. Mas quanto mais procuramos a nós mesmos, mais nos afastamos de nossa essência… Quanto mais fugimos do vazio interno, mais perdemos o contato com o nosso eu…
T. S Eliot escreveu em 1925: “Somos homens vazios. Somos homens espalhados. Uns nos outros apoiados. Cabeça cheia de palha, aí! Forma sem feitio, sombra sem cor, Paralisada força, gesto sem ação…”
O vazio, que faz parte de nós, não deve assustar e não precisa ser rejeitado em sua forma nem em sua essência, pois é ali, neste lugar ausente de lugar, que nos permitimos ser e buscar ser.
A forma não importa, a ocupação muito menos… É hora de romper com esse discurso, com esse falso movimento que não permite.
No dia em que olharmos para este espaço como possibilidade, sem buscar preenche-lo com outras pessoas, situações e momentos que estão no fora, seremos então parte de nós mesmos.
O vazio, assim como a sensação de solidão, faz parte de nossa essência como seres humanos e deve então ser olhada, acolhida e vivida. Ente neste vazio, sinta o acolhimento que ele te remete e permita-se estar ali sem pressa ou anseios.
Este espaço é seu e não precisa ser ocupado por nada, nem por ninguém.
Está tudo bem!
Não tenha medo de olhar e de compreender que tudo está em seu lugar, mesmo que seja na impermanência ou na ausência de controle. Esta é a presença real, do seu eu de fato.
Um super beijo,
Vanessa.
Sofremos por sermos humanos ou somos humanos por sofrer??
CurtirCurtir
Para falar do sofrimento, gosto do pensamento budista, que diz que o sofrimento acontece quando não acontece algo que esperamos que aconteça, ou quando sentimos que “perdemos o controle” das situações. Então… o sofrimento também é uma criação nossa e por isso, uma escolha.
Sofremos pois não aprendemos ainda que nada nesta vida é permanente e que o controle é uma ilusão. Sofremos pois não vivemos o momento presente e com isso criamos expectativas de um futuro que nem chegou ainda e carregamos mágoas e lembranças de um passado que não serve mais… assim como o dilema do vazio. Sofremos com este pois não o aceitamos e tentamos a todo custo preenchê-lo com qualquer coisa sem substancia e não nutritiva (com pessoas, momentos, compras, bebidas, falsas alegrias e falsas verdades).
Iremos parar de sofrer, quando escolhermos parar de sofrer… e ai sim, esta será uma condição humana! Pois o que nos torna humanos é também a escolha.
Um forte abraço.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Eu não quero sofrer, eu sei que mesmo se ela quisesse voltar não poderíamos, deveríamos seguir nossas vidas, mas sofro, coração acelera, humor acaba o dia perde sentido.
CurtirCurtir
Então, deixa ela ir… e segue sua vida. Viva no agora, sem apego ou controle das situações.
Quando começar a acelerar e a se sentir mal, respire, pare com os pensamentos e pense no momento presente, onde não há problema algum. Tudo dará certo!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Me indica um livro bom que me acalme?
CurtirCurtir
Claro, te indico dois!!
O primeiro, que vai te ajudar muito com estas questões emocionais e de relacionamento é o livro do Sri Prem Baba “Amar e Ser Livre”. È incrível e acho que vai te ajudar muito.
Outro livro que gosto muito e que fala sobre o momento presente e a forma como lidamos com nossa vida é o livro do Eckhart Tolle “O Poder do Agora”.
Acredito que estes 2 livros são um bom começo para que você possa diminuir seu sofrimento e compreender tudo o que existe dentro e fora de você.
Depois me conta o que achou… Um forte abraço.
CurtirCurtir