Hoje quero falar sobre motivação!
Voltei de um treinamento sobre este tema e estou ao mesmo tempo que inspirada, indagando algumas questões importantes, do qual quero compartilhar aqui! 🙂
A motivação é um movimento interno, e é muito mais do que um tema de interesse para empresas e equipes que buscam resultados concretos e objetivos. A motivação que trato aqui tem a ver com a força que temos para viver de fato.
Me deparo diariamente com diversas pessoas que suportam a vida, seja através de um emprego, uma relação ou desejos tão líquidos que deslizam pelas mãos com uma grande facilidade (parafraseando Bauman*).
E não há nada de motivante no suportar a vida! Na verdade, é o contrário, a vida morna nos deixa totalmente paralisados até o momento em que não desejamos mais e então, a vida também deslizará por nossas mãos.
Porém, como a motivação é interna, isso significa que ninguém poderá te motivar! É você que precisará então compreender: O que te faz ter vontade de viver?
Desprenda-se do comum e de tudo o que geralmente crescemos ouvindo e conecte-se com o seu verdadeiro eu para então responder a essa pergunta de fato, sem engano ou máscaras!
Não é algo simples de se fazer, mas o caminho para a construção real não deve ser simples. Já falamos sobre ele em diversos outros textos.
Mas a grande questão que quero levantar aqui é o quanto precisamos ouvir de alguém de fora aquilo que precisamos conhecer sobre o dentro… Ok, esta é minha responsabilidade como palestrante, escritora, treinadora e tantas outras coisas, e faço isso com grande realização. Não estou reclamando, mas ainda assim, me incomoda o fato de tantas pessoas se prenderem no fora para (re)construírem o dentro, principalmente quando falamos de motivos para viver.
É incrível ver como até a fisionomia das pessoas muda ao final de um treinamento, palestra ou sessão… Isso me motiva, de fato! Mas também cria uma grande responsabilidade, algo que eu mesma tomo para mim. Me sinto então responsável por empoderar ainda mais pessoas a perceberem seus caminhos por si mesmos e não serem mais dependentes de algo externo.
Claro que sempre poderemos e devemos nos inspirar com pessoas, momentos ou realizações, assim como buscar ajuda quando necessário por meio dos recursos que estão aí para isso, mas a responsabilidade maior deve estar em nossas mãos.
Será que não acabamos transferindo rápido demais essa responsabilidade ao outro? E se tentássemos mais e de formas diferentes?
Quando escolhi mudar minha vida e construir um sonho, tive a sorte de ter meus pais e as pessoas que me amavam ao meu lado. Foi o que sempre acreditei! Mas na verdade, quando paro para lembrar, nunca perguntei o que eles achavam sobre aquela minha decisão até o dia de hoje… Sim, parei de escrever e fui perguntar para minha mãe se, na época em que contei sobre o plano de abandonar a sólida carreira em uma multinacional e abrir meu próprio negócio, ela ficou com medo e a resposta foi que sim e que se eu tivesse perguntado para ela, ela teria falado para esperar um pouco e ter mais certeza.
Certeza que eu já tinha, mas ela não…
Assumir um desejo interno significa não dar espaço para a dúvida do outro.
“Mas é importante ouvir opiniões e outras versões das pessoas que amamos” você irá me dizer.
E eu te respondo: “Nem sempre as pessoas que mais nos amam estarão dispostas a arriscar como você estará, e tudo bem, pois cada um tem sua vida com escolhas diferentes. Algumas vezes, eles irão querer tanto o seu bem que tentarão a todo custo te manter na zona de conforto. Então te pergunto: será que realmente não devemos confiar um pouco mais em nossos instintos?”
Acabei de me dar conta que, se eu tivesse perguntado para minha mãe o que ela pensava sobre o melhor caminho para a minha vida, sua resposta de proteção seria o contrário de minha certeza e eu estaria cheia de dúvidas que minariam o meu caminho até agora. “Ainda bem que não perguntei então” foi o que disse para ela, e sua resposta foi: “Ainda bem!”
Poderia ter feito diferente? Não sei… Nunca saberei!
E você, pode fazer diferente a partir de agora? Também não sei… Esta é uma resposta que só você poderá responder, uma atitude que é só sua!
Olhe mais para o seu interior, reconheça o que te motiva todos os dias, pois só você será capaz de enxergar os caminhos possíveis em sua vida… e se precisar, arrisque! Faça acontecer e sempre acredite em seu potencial de mudança e transformação!
Um super beijo,
Vanessa
*Zygmunt Bauman é sociólogo e escritor. Suas grandes obras como Amor Líquido, Vida Líquida e Modernidade Líquida, tratam sobre a liquidez das relações e da vida moderna e como que se escorressem “pelo vão dos dedos”. É uma das minhas grandes inspirações!
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