Nos últimos dias, fiz uma viagem de 12 dias e esta viagem, apesar de ser curta, me proporcionou muitas mudanças e aprendizados.
Dividi minha viagem em dois textos… dois momentos diferentes de aprendizado e encontro. Ontem, enviei por e-mail para o meu mailing, o primeiro texto e na semana que vem, enviarei o outro.
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Hoje, quero relatar tantas coisas que aprendi em uma parte desta minha última viagem, que começou muito antes de sair do Brasil, no último dia 26 de Agosto. Começou há pelo menos um ano antes disso, quando me afinei ainda mais com meu caminho e jornada interna.
O autoconhecimento é um estilo de vida, que vai trazendo cada vez mais sentido e (re)descobertas, até chegar a um lugar onde você precisará ir mais a fundo, em mares nunca antes desbravados.
Costumo pensar que estas são como fases no grande jogo da vida, passando uma fase, você vai se deparando com desafios cada vez mais difíceis, lugares mais escondidos e monstros mais assombrosos. Porém, você está mais forte e saberá lidar com tudo aquilo de olhos fechados. Neste último ano, passei pela fase avançada, deixei de ser iniciante neste jogo e comecei a entender melhor todos os sinais que chegavam até mim com mais simplicidade.
A viagem de 12 dias foi escolhida para comemorar e finalizar esta fase. E não seria capaz de expressar tudo o que meus olhos viram, mesmo porque, você mesmo pode ir até lá e ver tudo da sua forma, com seus próprios olhos. Mas tentarei contar o que meu coração percebeu neste fim de ciclo.
O trajeto escolhido por este viagem foi Chile e Perú. E olhando para tudo o que vivi, não poderia ter escolhido lugares tão mágicos.
Esta foi a primeira viagem em minha vida que me desliguei completamente do mundo já conhecido e me entreguei ao que estava acontecendo no momento, com o coração e mente aberta. Creio que esta seja a sensação quando passamos de fase e então partimos pra algo totalmente novo.
Dividirei os textos da mesma forma como dividi minha viagem: Chile e Perú, para que você seja capaz de compreender toda a grandeza que me tocou e experimente também um pouco de tudo o que trouxe para compartilhar.
Vou começar então com Chile, que foi o lugar de reencontro, da amizade e aconchego. Me senti em casa, com pessoas que me acolheram desde o dia em que cheguei até minha partida, deixando então muita saudade e memorias construídas em parceria.
Conheci lugares espetaculares, e com certeza aproveitei muito mais por estar acompanhada neste momento.
Foi lá que subi a minha primeira montanha, não mais os grandes montes que existem dentro de mim, uma montanha real. Me emocionei com a neve, fui acolhida por seus braços e experimentei o sentimento de liberdade e harmonia por estar em um lugar tão grande como aquele. Minha grandeza se encontrou com a grandeza daquele lugar e assim, me senti parte. As montanhas internas se completaram com aquela vista, que aquietou meu coração.
A liberdade é um dos sentimentos que mais fazem parte de minha busca. E aqui, liberdade significa encontro real entre almas. E foi naquela montanha que ouvi de verdade a voz da minha alma, para então descobrir que é através do desapego nos encontros que esse sentimento se faz.
A liberdade tomou conta de mim, através do vento que me libertou do peso, do frio que congelou a dor e a culpa do passado e de tantas histórias compartilhadas com a esperança de transformação.
A segunda montanha que encontrei no Chile foi nada menos do que a Cordilheira dos Andes, bem de pertinho, em Cajón de Maipo, um lugar incrível. E este foi o encontro da contemplação. Ficar ao pé daquele lugar, com toda aquela energia foi incrível, uma sensação que carrego comigo.
No Chile, em todo lugar que estiver, desde o Sul ao Norte, você consegue enxergar a cordilheira, que está lá para lembra o seu real tamanho no mundo, diante de tanta grandiosidade. A sensação é de segurança através da beleza e grandiosidade. E há uma real segurança, já que aquele país, que fica em um vale, não sofre de pestes, de doenças ou de qualquer tipo de praga que o vento pode carregar.
O Chile é especial, não apenas pelos lugares e pessoas que encontrei, mas pelo reencontro com amigos tão especiais. Conheci Viña Del Mar e Valparaíso, todo centro de Santiago, subi nos morros Santa Lúcia e São Cristóvan e trouxe comigo memórias incríveis.
A partida foi triste, pois ninguém gosta de despedida, mas faz parte do caminho que escolhi, e da liberdade que é tão importante experimentar, através dos encontros e desencontros que a vida proporciona.
No Chile, passei 5 dias, e estava pronta então para a próxima parada: Perú, que relatarei no próximo e-mail.
Espero que você consiga absorver um pouco de toda essa energia que trago e prepare-se para o que ainda está por vir.
Um beijo,
Vanessa
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